TE AVISO POR ESSA CARTA
Eu morri e venho por meio dessa carta poder
contar o que aconteceu. Minha carta deverá ser lida hoje antes das três horas
da madrugada, por você minha querida irmã querida.
Eu estava brincando com
Angelina, minha boneca favorita no jardim, mamãe gritou e eu corri até o quarto
dela, vi que ela estava com os pulsos cortados, mas sei que não é culpa dela,
pois vi um homem feio em cima dela, ele tinha olhos vermelhos e dentes
compridos, rabo e asas. Tive medo, por ver mamãe morta com ele em cima dela,
ele me olhou e eu corri, corri o mais rápido que pude, me tranquei no porão,
chamei pelo papai, mas sabia que ele não iria vir, estava no trabalho, mas era
só o que sabia fazer, gritar papai, papai.
Preste atenção minha irmã, esse homem ainda
vaga pela casa. Vou contar-lhe tudo.
Eu não sabia o que fazer e ele atravessou a
porta e veio até mim, ele não tocava o chão, mas levitava, parecia um fantasma,
mas não sei acho que é isso que o padre chama de demônio, quando fala nas
missas que a mamãe nos obriga a ir.
Será que o padre já viu um desses? Deve ter
visto, foi o que pensei, por isso, corri pela porta dos fundos e sai de casa.
Fui até a casa do padre, minha irmã, foi o que eu fiz.
Bati na porta e chamava por ele, olhava para
trás e lá estava o demônio chegando, uma mulher passou na rua com seus filhos,
me olhou, mas não viu o demônio. Nem pensei em pedir ajuda a ela, sabia que não
acreditaria, só o padre sabia de demônios, ele podia me ajudar.
Ele veio e abriu a porta, o abracei com força,
o padre, e chorava muito. Ele se abaixou e me olhou perguntando o que aconteceu.
Eu disse:
-O demônio padre, veja! Atrás
de mim!
Mas ele olhou e parecia não ver, eu olhei para
o demônio e ele me olhava rindo.
-Não há nada, acalme-se!
Onde está sua mãe? –perguntou o padre.
-Ele a matou padre, a fez
cortar os pulsos e agora quer me pegar também. –expliquei.
-Não pode ser. Sua mãe se
matou? Entre, vamos ligar para a emergência, venha. –disse o padre.
Nós entramos, eu sentei no sofá do padre e o demônio
entrou junto, ele se sentou do meu lado e disse:
-Ele não vai acreditar em
você. Ninguém vai.
Eu me levantei e fui até o padre que estava
com o telefone no ouvido.
-Ele é real! Acredita em mim
padre! –disse chorando para ele.
-Me diga seu endereço, para emergência
ir lá. –pediu ele.
-Você não entende! Ele está
aqui! Expulse-o padre, agora! Faça!
Meu rosto, sei estava apavorado, o padre
desligou o telefone, se abaixou e olhou nos meus olhos.
-Sei que é difícil ver sua
mãe morta, mas não culpe demônios por isso, sinto muito criança pelo que
aconteceu. Me fale o telefone de seu pai. –disse o padre.
-Mas não sei de cabeça o
número. Te levo até minha casa, tenho só 11 anos, venha comigo te mostro onde
moro, não sei te falar certo, estou assustada com o demônio atrás de mim, me
encarando e dizendo que é inútil pedir sua ajuda. –contei ao padre.
-Acha mesmo que tem um demônio
atrás de você? Veja só isso. Se tem um demônio nesse lugar se manifeste agora! –exclamou
o padre.
-Isso, agora expulse-o –pedi
a ele.
-Viu não aconteceu nada, não
tem demônio. –disse o padre, mas em seguida o demônio fez apagar as luzes.
-É acho que acabou a
energia. –disse o padre.
-Não isso foi o demônio padre.
–expliquei.
-Demônio? Se foi você me de
outro sinal. –disse o padre.
Mas nada aconteceu, o demônio ria, para ele
parecia brincadeira.
-Filha, vai até a igreja ao lado e passe água
benta na testa, depois venha que vamos até sua casa, não há demônio algum. –sugeriu
o padre.
Eu sai com medo, mas fui até a igreja ao lado,
havia uma pia com água benta, quando tentei toca-la o demônio segurou minha mão
e me puxou para fora da igreja, eu gritei pelo padre e ele saiu da casa e me
viu sendo arrastada, mas não via o demônio.
Ele se assustou, e correu me segurando. O demônio
me soltou e deu um soco no rosto do padre que caiu. O demônio subiu em cima
dele e tentava enforca-lo. Eu corri até a casa do padre e peguei um crucifixo
que achei, fui até a igreja e o molhei na água benta, depois fui até o padre e
coloquei em sua mão. Ele a levantou e começou a fazer orações.
O demônio ficou furioso comigo e pulou em cima
de mim, o padre tentou me ajudar, mas não pode fazer nada, o demônio me puxou
pelo cabelo e me lançou na rua, quando um caminhão passava e ele me atropelou.
Sai do meu corpo e vi o
padre chamando a ambulância. Mas vim até aqui para te alertar, pois o demônio voltou
para essa casa e quer você agora.
Bom são 3 horas agora, acorde e leia a carta,
antes que seja tarde. Espere ele está aqui. Levante-se rápido, isso levante-se,
veja-o. Não, se aproxime dela demônio!
...
Que alguém leia essa carta, minha mãe, eu e
minha irmã fomos mortas por um demônio, acreditem ele é real.
Jandira Catarine Dias.
Fim.
Virei fã de suas histórias, você sempre muito criativa, parabéns, continue assim.
ResponderExcluirmuito obrigada
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