terça-feira

O Desejo da Morte


O Desejo da Morte.

 Em um quarto de Motel, Maurício, um brasileiro mestiço com japonês, estava sentado em frente a cama, com as luzes apagadas, estava sozinho, vestia apenas uma calça jeans, aparentava ter em média 30 anos, cabelos arrepiados e pretos, ele socava o chão com muita raiva e começou a dizer entre lágrimas:

-Eu odeio minha vida! Me leva daqui! Me leva dessa vida! Não suporto mais tudo isso, minha família não se importa, eu não me importo mais comigo, quero morrer!

 Ao dizer isso correu contra a quina da mesa de vidro que tinha por perto e bateu com tudo a cabeça, ele caiu desmaiado. Passaram –se algumas horas e ele sentiu um cheiro estranho, abriu os olhos com dificuldade e viu, estava em um jardim lindo, com flores, ele se sentou e via várias mulheres lindas, com vestes de seda, dançando, havia um som instrumental e o vento trazia aquele cheiro estranho, era quase um perfume, mas forte demais.

 Ele se levantou e sorrindo se aproximou de uma das mulheres, ela era uma mulata linda, com cabelos longos e negros, ele estendeu a mão e ela veio até ele, assim como todas as outras, elas começaram a dançar ao redor dele.

-Isso não pode ser real! Mas que maravilha, estou no céu! –disse ele muito sorridente.

 Uma delas, foi até o meio do jardim, ela era loira, com olhos castanhos, ela acenou o chamando. Ele caminhou com as outras e ela apontou para baixo, havia um precipício, escuro.

Maurício olhou para ela estranhando aquilo e disse:

-O que foi? O que quer que eu veja?

 Ela não respondeu, mas ela com todas as outras o empurraram no precipício. Ele caia e viu que elas se transformaram em demônios.

 O lugar era escuro e parecia não ter fim, ele começou a sentir sua pele rasgar, seu corpo queimar, ele gritava e se debatia, caia com muita velocidade.

 Sua pele foi saindo de seu corpo, assim como sua carne, como se o precipício sugasse, ele perdeu tudo e ficou apenas com os ossos, mas estava “vivo”.

 Ele caiu em um monte de folhas secas, se levantou e olhava seu corpo assustado, ele caminhou era uma aldeia, com cabanas parecidas com de índios, mas sombrias, haviam vários como ele lá, crianças e mulheres também.

 Maurício de aproximou de um homem e perguntou:

-Que lugar é esse?

 O homem não respondeu, mas saiu andando e entrou em uma das cabanas, Maurício entrou também. O homem se sentou no chão e deu um livro com capa negra e um símbolo de um demônio na capa para Maurício.

 Ele o abriu e nele continha vários desenhos, de lugares, era fascinante, pois não eram quaisquer lugares, eram os sete infernos, era como um guia.

 Maurício se levantou e saiu vendo os desenhos, ele seguiu pela indicação do desenho, por uma estrada, coberta por sangue, tomava cuidado para não escorregar e caminhou muito até chegar em um castelo enorme. No guia estava marcado com o nome de um demônio, que não ouso pronunciar, pois estaria chamando por ele.

 Ele passou pelo imenso portão de ferro, aproximou –se da porta e bateu com força, com sua mão puro osso.

 Nada aconteceu, então ele entrou no castelo e viu, era enorme e belo por dentro, mas ao mesmo tempo tenebroso. Uma sala repleta de instrumentos de todos os tipos, ele se aproximou de um violoncelo e o tocou nas cordas, fazendo soar seu belo som. Morcegos voaram com o som, ele se surpreendeu e questionou:

-Como pode? Morcegos aqui? Não estou no inferno?

 Havia uma enorme escada no meio da sala por onde surgiu um homem, esse estava normal com sua carne e ossos, era singelo, cabelos morenos presos para trás, uma pele pálida, olhos vermelhos, roupas do século x, ele desceu as escadas e se aproximou de Maurício.

-O que procuras? –perguntou o homem.

-Quero saber, onde estou? Me ajude, estou perdido. –respondeu Maurício.

-Venha comigo. –respondeu o homem.

 Eles subiram as escadas, o homem estalou os dedos e os instrumentos começaram a tocar sozinhos, Maurício olhava tudo admirado e seguia o homem, que o levou até uma biblioteca.

-Sente-se por favor. –disse o homem que ofereceu uma cadeira para Maurício e sentou-se em outra atrás de uma mesa.

-Vai me ajudar? –perguntou Maurício.

-Escute por gentileza o que tenho a dizer Maurício. Você está entre a vida e a morte em um leito de hospital. Está em coma e sua alma veio para cá, mas não morreu ainda. Precisa decidir o que quer. –Contou o homem, friamente, mas com gestos cultos e olhar penetrante.

-Mas o que? Não morri? Isso aqui é a minha alma? Eu tenho que escolher o que? –questionou desnorteado Maurício.

-Sua alma, está aqui, mas deve escolher morrer ou viver. Se escolher morrer permanecerá aqui, como os outros, mas se escolher viver, não será como antes. –explicou o homem.

-Quem é você? E como assim não será como antes? Diga o que tenho que fazer? Não quero ficar aqui, escolho viver! –responde Maurício.

-Sou o demônio. O príncipe demônio. Deve apenas fazer um pacto comigo, voltarás e será um caçador de almas! Aceita isso? –perguntou o homem.

-Você é o maior demônio do inferno? Sério? Estou falando em uma sala fechada, uma biblioteca com o diabo mesmo? Bom acho, que... Bom eu aceito! –disse Maurício.

-Sim sou o diabo, mas esse não é meu nome em si, mas isso não vem ao caso. Voltarás para o mundo dos mortais e será meu escravo! –afirmou o homem, que se levantou e tocou na testa de Maurício.

 Maurício sentiu muita dor e gritava, mas logo tudo sumiu e ele acordou no susto, mas não estava em um hospital, estava dentro de um caixão. Mas tinha seu corpo de volta, sentiu suas mãos e sorriu, mas começo a ficar sem ar, bateu na tampa do caixão e o fez quebrar, sua força havia redobrado, de forma sobrenatural. Mas com isso a terra começou a entrar no caixão, ele cavocou a terra, se rastejando para sair do túmulo.

 Ao sair era dia, ele correu até a beira de um telhado de uma capela do cemitério, pois o sol o queimava.

-Será que sou um vampiro? Ele entrou na capela e viu um crucifixo, se aproximou e tocou, mas sua mão queimou, ele então começou a sentir que havia mudado realmente, ele então abriu os braços e riu, estava muito alegre.

-Tem coisas a fazer Maurício! –disse o homem que apareceu do lado dele.

 Maurício se assustou e questionou:

-O que tenho que fazer?

-Simples, sugue as almas para mim, com suas presa, você se alimenta do sangue e eu das almas! Vampiro! –explicou o homem.

-Sim, começarei pelos ingratos da minha família! –afirmou Maurício.

-Só tome cuidado para não ser descoberto e evite a luz do sol. –disse o homem antes de sumir.

 Maurício começou pela sua família, matou a todos, depois começou a pegar jovens que saiam da escola a noite, invadia residências com usa velocidade incrível, ninguém o percebia.

 Depois de 110 anos, Maurício estava em uma velha casa, sentado no chão apenas com uma calça jeans, ele socava o chão e dizia:

-Eu quero morrer, minha vida não tem sentido! Quero morrer!

 Então se jogou contra um pedaço de ferro saído da porta de ferro, fincando sua cabeça. Começou a sangrar, tirou a cabeça do ferro e caiu no chão enfraquecendo e disse:

-Me leva! Quero morrer!

 O homem apareceu e disse:

-Você escolheu viver, nada o fará morrer, a não ser que eu permita.

-Por favor, por gentileza, me manda pro inferno! –pediu Maurício.

-Já está vivendo um! Mas agora que perdeu todo seu sangue passará a eternidade aqui, sozinho, no escuro, sem forças para se levantar! Antes de tentar se matar, deveria pensar o que vem depois. –disse o homem, que riu até desaparecer.

-Eu só queria ter paz! Mas acho que minha vida era melhor antes, porque eu fui tentar me matar! Porque? –questionou Maurício.

 Ele adormeceu e acordou no motel. Ele havia sim batido com a cabeça, mas só estava desmaiado. Ele se levantou e tocou a cabeça sangrando e sorriu dizendo:

-Vou escrever um livro disso! Acho que acordei para vida!

 Ele se levantou com dificuldade e escutou um rosnado, olhou para trás e viu um demônio, preto, com olhos vermelhos, rabo longo e pontudo e garras enormes, com fogo na boca e asas.

-Você vem comigo! –disse o demônio com uma voz, grossa e temível.

 Maurício percebeu que sua imaginação foi terrível, mas a realidade era muito pior.

Fim.

 

 


 

 

 

 

TE AVISO POR ESSA CARTA


TE AVISO POR ESSA CARTA  
 

 Eu morri e venho por meio dessa carta poder contar o que aconteceu. Minha carta deverá ser lida hoje antes das três horas da madrugada, por você minha querida irmã querida.

Eu estava brincando com Angelina, minha boneca favorita no jardim, mamãe gritou e eu corri até o quarto dela, vi que ela estava com os pulsos cortados, mas sei que não é culpa dela, pois vi um homem feio em cima dela, ele tinha olhos vermelhos e dentes compridos, rabo e asas. Tive medo, por ver mamãe morta com ele em cima dela, ele me olhou e eu corri, corri o mais rápido que pude, me tranquei no porão, chamei pelo papai, mas sabia que ele não iria vir, estava no trabalho, mas era só o que sabia fazer, gritar papai, papai.

 Preste atenção minha irmã, esse homem ainda vaga pela casa. Vou contar-lhe tudo.

 Eu não sabia o que fazer e ele atravessou a porta e veio até mim, ele não tocava o chão, mas levitava, parecia um fantasma, mas não sei acho que é isso que o padre chama de demônio, quando fala nas missas que a mamãe nos obriga a ir.

 Será que o padre já viu um desses? Deve ter visto, foi o que pensei, por isso, corri pela porta dos fundos e sai de casa. Fui até a casa do padre, minha irmã, foi o que eu fiz.

 Bati na porta e chamava por ele, olhava para trás e lá estava o demônio chegando, uma mulher passou na rua com seus filhos, me olhou, mas não viu o demônio. Nem pensei em pedir ajuda a ela, sabia que não acreditaria, só o padre sabia de demônios, ele podia me ajudar.

 Ele veio e abriu a porta, o abracei com força, o padre, e chorava muito. Ele se abaixou e me olhou perguntando o que aconteceu. Eu disse:

-O demônio padre, veja! Atrás de mim!

 Mas ele olhou e parecia não ver, eu olhei para o demônio e ele me olhava rindo.

-Não há nada, acalme-se! Onde está sua mãe? –perguntou o padre.

-Ele a matou padre, a fez cortar os pulsos e agora quer me pegar também. –expliquei.

-Não pode ser. Sua mãe se matou? Entre, vamos ligar para a emergência, venha. –disse o padre.

 Nós entramos, eu sentei no sofá do padre e o demônio entrou junto, ele se sentou do meu lado e disse:

-Ele não vai acreditar em você. Ninguém vai.

 Eu me levantei e fui até o padre que estava com o telefone no ouvido.

-Ele é real! Acredita em mim padre! –disse chorando para ele.

-Me diga seu endereço, para emergência ir lá. –pediu ele.

-Você não entende! Ele está aqui! Expulse-o padre, agora! Faça!

 Meu rosto, sei estava apavorado, o padre desligou o telefone, se abaixou e olhou nos meus olhos.

-Sei que é difícil ver sua mãe morta, mas não culpe demônios por isso, sinto muito criança pelo que aconteceu. Me fale o telefone de seu pai. –disse o padre.

-Mas não sei de cabeça o número. Te levo até minha casa, tenho só 11 anos, venha comigo te mostro onde moro, não sei te falar certo, estou assustada com o demônio atrás de mim, me encarando e dizendo que é inútil pedir sua ajuda. –contei ao padre.

-Acha mesmo que tem um demônio atrás de você? Veja só isso. Se tem um demônio nesse lugar se manifeste agora! –exclamou o padre.

-Isso, agora expulse-o –pedi a ele.

-Viu não aconteceu nada, não tem demônio. –disse o padre, mas em seguida o demônio fez apagar as luzes.

-É acho que acabou a energia. –disse o padre.

-Não isso foi o demônio padre. –expliquei.

-Demônio? Se foi você me de outro sinal. –disse o padre.

 Mas nada aconteceu, o demônio ria, para ele parecia brincadeira.

 -Filha, vai até a igreja ao lado e passe água benta na testa, depois venha que vamos até sua casa, não há demônio algum. –sugeriu o padre.

 Eu sai com medo, mas fui até a igreja ao lado, havia uma pia com água benta, quando tentei toca-la o demônio segurou minha mão e me puxou para fora da igreja, eu gritei pelo padre e ele saiu da casa e me viu sendo arrastada, mas não via o demônio.

 Ele se assustou, e correu me segurando. O demônio me soltou e deu um soco no rosto do padre que caiu. O demônio subiu em cima dele e tentava enforca-lo. Eu corri até a casa do padre e peguei um crucifixo que achei, fui até a igreja e o molhei na água benta, depois fui até o padre e coloquei em sua mão. Ele a levantou e começou a fazer orações.

 O demônio ficou furioso comigo e pulou em cima de mim, o padre tentou me ajudar, mas não pode fazer nada, o demônio me puxou pelo cabelo e me lançou na rua, quando um caminhão passava e ele me atropelou.

Sai do meu corpo e vi o padre chamando a ambulância. Mas vim até aqui para te alertar, pois o demônio voltou para essa casa e quer você agora.

 Bom são 3 horas agora, acorde e leia a carta, antes que seja tarde. Espere ele está aqui. Levante-se rápido, isso levante-se, veja-o. Não, se aproxime dela demônio!

...

 Que alguém leia essa carta, minha mãe, eu e minha irmã fomos mortas por um demônio, acreditem ele é real.

Jandira Catarine Dias.

 
Fim.

 



quinta-feira

Apenas um Halloween!


Apenas um Halloween! 

 Ana estava completando 21 anos, quando foi com suas amigas a uma festa no centro da cidade, era Halloween, elas estavam em uma barraca onde vendia-se itens esotéricos, Ana gostou muito de uma estátua de um gato preto com três olhos, ela o comprou dizendo que era o seu próprio presente de aniversário. Uma delas chamada Talita pediu para segurar a estátua, ela a deu, mas Talita a deixou cair no chão. A estátua partiu-se em vários pedaços. Talita se abaixou e vendo o que fez pediu desculpas a Ana.

 Ana viu que dentro da estátua tinha um pedaço de papel, ela o guardou no bolso e não mostrou as amigas.

 Naquela noites elas andaram e divertiram na festa. Então uma mulher se aproximou, ela era bonita, vestia um vestido azul escuro, tinha cabelos longos e loiros, ela olhou para Ana e disse para lhe entregar o papel. Ana não quis dar, então ela se irritou e tirou um punhal da bolsa de couro que carregava. Elas se assustaram e saíram correndo, a mulher as perseguia, elas passaram por um cemitério, a mulher cantou uma canção sombria que fez os mortos levantarem e tentarem pegar Ana e suas amigas.

 Ana entrou em uma pequena capela que tinha no cemitério com as meninas. Talita pediu que Ana entregasse o papel a mulher, mas Ana disse que não, pois fazia tempo que ela o procurava. A outra menina chamada Kate, tentou tomar o papel da mão de Ana, que o segurava com força.

 Os mortos batiam na porta da capela tentando entrar e elas gritaram de medo. Kate conseguiu tirar o papel da mão de Ana e correu para a porta, mas Ana correu atrás dela e lhe derrubou no chão a puxando por trás, subiu em cima dela e lhe tirou o papel.

 Talita tentou entrar na briga, tirando o papel de Ana, mas não fez nada quando viu que os olhos de Ana viraram e de sua boca começou a sair um líquido preto. Kate ficou apavorada e gritava para Ana sair de cima dela. Mas ela não saiu mas começou a soca-la com muita força.

 Os mortos batiam com muita força e Talita não sabia como ajudar Kate, mas viu um castiçal para quatro velas e o pegou e bateu na cabeça de Ana, ela parou de bater em Kate e se levantou indo para cima de Talita, mas ela fugiu e abriu a porta, os mortos vivos a pegaram e começaram a morde-la.

 Kate se levantou machucada e puxou Talita fugindo juntas. Do meio dos mortos a mulher apareceu e olhou para Ana dizendo que ela não seria capaz de derrota-la, que era melhor desistir logo.

 Ana ficou enfurecida e pegou impulso nos bancos da capela e pulou chutando o rosto da mulher. Depois saiu correndo.

 Talita e Kate correram para um igreja que estava próxima e se esconderam debaixo de um altar. Estavam tremendo de medo e chorando muito. Talita perguntou para Kate o que era isso tudo, mas Kate só sabia chorar apavorada. Então elas escutaram a porta da igreja se abrir, olharam por debaixo da toalha do altar e viram Ana se aproximando. Ela não parecia humana mais. Ela estava desfigurada.

 Talita olhou do outro lado do altar e viu uma porta e disse para Kate a seguir, as duas foram engatinhando até a porta, mas não conseguiam abrir. Ana virou a cabeça estranhamente e viu as duas e disse com uma voz grossa, para pararem de fugir, pois ela precisava delas.

 Ana andou até elas, as duas gritavam. Talita foi pega pelos cabelos e puxada sobre o altar, Ana a prendia com uma força sobre-humana. Kate não resistiu e saiu correndo, mas quando ia sair da igreja ela viu aquela mulher vindo com mortos vivos.

 A cidade estava vazia, pois todos estavam na festa em um local distante.

 A mulher a olhou e Kate tentou fugir pelo outro lado, mas foi cercada por mortos vivos que a devoravam.

Talita lutava tentando se soltar, mas Ana subiu em cima dela no altar e começou a lambe-la. E cantarolava uma canção fúnebre.

 A mulher entrou e viu Ana, a chamou dizendo, para parar enquanto é tempo, se não ela iria ser morta. Ana não deu ouvidos e mordeu o pescoço de Talita, tirando pedaço de sua pele.

 Kate estava quase morta quando viu um homem se aproximar. Os mortos vivos caíram mortos quando ele chegou, ela desmaiou. Ele se abaixou e segurou sua cabeça, a chamando de pobre criança.

 Ele vestia preto, tinha uma maquiagem preta no rosto, cabelos longos, olhos castanho e unhas pintadas de preto. Ele escutou os gritos de Talita e entrou na igreja. Ele viu a mulher ir em direção e Talita e de Ana, viu os olhos de Talita entre lágrimas e deu um grito, mandando Marta parar.

 Marta era a mulher, ela parou e se virou o olhando com ódio. Ele se aproximou e a tocou no rosto dizendo que aqui era território dele.

 Ele se aproximou da Ana e mandou ela sair de cima de Talita, mas ela o olhou e disse com voz grossa que não pararia até completar o ritual.

 O homem se zangou e puxou Ana pelos cabelos a derrubando no chão. Ele pisou em seu rosto.

 Talita se levantou ferida e desceu do altar, ela correu para sair, mas Marta a segurou e sussurrou algo em seu ouvido que a vez obter fogo nas mãos e nos olhos, ela se virou para o homem e lançou fogo nele, ele caiu pegando fogo e Ana se levantou e pegou um jarro de água benta e jogou no homem, ele gritou de dor e começou a andar pelas paredes e pelo teto.

 Talita se aproximou de Ana e jogou-lhe fogo, mas Ana conteve o fogo com as mãos, dizendo que não poderia derrota-la.

 O homem se revirava no teto e caiu em meio aos bancos apagando assim o fogo, se levantou todo queimado, mas logo se regenerou.

 Ele se aproximou de Marta e a mordeu por trás com suas presa enormes.

Ana pulou em cima de Talita e Talita voltou ao normal, devido a Marta estar sendo mordida e enfraquecendo.

 Talita estava no chão e tentava sair de todo modo, mas Ana a puxava pelo pé, a levantando com sua força sobre humana. Talita esperneava, Ana então pegou o papel e o abriu para ler.

 Nisso Marta caiu no chão fraca e o homem virou-se e viu o papel na mão de Ana, e tentou tira-lo de sua mão, Talita foi largada e o homem disputava força com Ana.

 Talita viu que o papel caiu no chão o pegou e saiu correndo da igreja o mais rápido que podia, ela viu Kate caída e a pegou colando-a em seus ombros, Kate era bem menor, por isso ficou mais fácil de carrega-la.

 O homem deixou de lutar com Ana e saiu atrás de Talita, Ana também foi. Marta que estava morta no chão se descompões rapidamente, virando apenas ossos.

 Talita foi para um bosque e colocou Kate encostada em uma árvore e tentava acorda-la. Vendo que não conseguia ela pegou o celular e tentou ligar para a polícia, mas só chamava.

 O homem era veloz e farejava a distância, mas Ana também era rápida e sentia onde Talita e Kate estavam. Logo chegaram, cada um de um lado do bosque.

 Kate com muita dificuldade abriu os olhos e pediu desculpa a Talita por ter fugido, mas Talita apenas chorou e a abraçou dizendo que tudo bem. Mas achava que as duas iriam morrer.

 Kate olhou para Talita e pediu gentilmente que ela pensasse em algo para que elas não morressem. Talita pensou em levar Kate até a festa, mas não iria conseguir carrega-la até lá.

Talita perguntou se podia deixa-la para pedir ajuda, Kate disse que tinha muito medo. Então Talita a pegou novamente e tentou correr, ela estava correndo ainda quando viu em sua frente Ana, que surgiu do nada. Ela parou e gritou para Ana voltar ao normal e deixa-las passar.

 Mas Ana apenas disse para ela entregar o papel e parar de fugir de seu destino. Ela respondeu que não faria isso e correu para o outro lado, mas viu o homem se aproximando, com presas enorme e olhos amarelos. Kate chorava e Talita não sabia o que fazer.

 Então Talita colocou Kate no chão e pegou o papel.

 Os dois correram em direção a ela gritando que não. Mas ela o leu. Nele continha uma combinação de palavras em latim, que pareciam não fazer sentido, mas fez sentido, quando Talita terminou de ler, os dois pararam espantados diante dela e contemplaram.

 Sua pele se rasgou, seu rosto e seu corpo se transformavam, ela gritava de dor, até que olhou para o céu e viu a lua cheia, então se transformou em um ser incrivelmente grande, dando um uivo terrível.

 O homem temeu e começou a andar pra trás com medo, assim como Ana.

 Talita olhou para Ana e saltou para perto dela, se levantando, era enorme perto de Ana. Ana voltara ao normal e implorou perdão, mas Talita a pegou e a mordeu ferozmente no pescoço e depois no coração, arrancando-lhe ele.

 O homem começou a correr fugindo, mas Talita se virou e saltou bem alto e correu pegando o homem.

 Kate via tudo e não podia acreditar.

 O homem disse que não queria fazer mal a elas, mas só estava protegendo seu território e que podia curar Kate, pois ela estava na beira da morte. Talita fez que sim com a cabeça e o homem se aproximou de Kate e a curou. Depois olhou para Talita e disse que ela não podia mais voltar para casa, que tinha que ir embora com ele.

 Kate se levantou e olhou Talita com medo dizendo para ela que sentiria muito a sua falta. Talita fez um carinho no cabelo de Kate e partiu com o homem. Mas antes que pudessem partir Marta apareceu voando atrás dele em uma vassoura e rindo disse que isso não acabaria assim. Ela voou e pegou Kate a levando embora na vassoura e rindo.
 O homem e Talita se entreolharam e correram atrás de Marta. 
Nessa noite Kate e Talita souberam que isso era apenas um Halloween, um de verdade. 

 

Fim.

 



 

 

terça-feira

Neblina Infernal



NEBLIDA INFERNAL

 Paulo e Fabiane se mudaram para uma casa afastada da cidade grande, havia vizinhos mas com uma distância notável, era noite, a primeira depois da mudança, eles tinham acabado de se casar e começariam ali uma nova vida.

-Fabi, venha cá querida, temos que comemorar! –disse Paulo, deitado na cama nova, os outros móveis do quarto ainda estavam cobertos.

-Já vou. –respondeu ela que estava no banheiro escolhendo uma lingerie.

 De repente Paulo sentiu frio e se levantou para fechar a janela, ele estava só de cueca. Ele era branco, todo tatuado, e cabelo raspado, com um cavanhaque.

 Ele olhou pela janela antes de fechar e viu alguém passando em meio a neblina.

-Amor vou lá fora, já volto, fique aqui. –disse ele que vestiu a calça e saiu com uma garrafa de vinho vazia na mão.

 Ele andou devagar ao redor da casa observando atentamente, quando ouviu Fabiane gritando e correu para dentro da casa, ele foi depressa para o quarto, mas não encontrou Fabiane, ele então foi olhar em todos os cômodos e nada, saio novamente e chamou por ela:

-Fabiane? Cadê você?

Ele entrou e pegou o telefone.

-Preciso chamar a polícia. –disse ele.

 Fabiane era uma morena de cabelos até os ombros, olhos azuis. Paulo estava esperando ser atendido pela polícia no telefone quando escutou um barulho no quarto. Chegando lá ele vê Fabiane, ela está amarrada na cama coberta de sangue, com marcas de mãos como se elas a tivessem rasgado a pele.

-Amor, não! –disse Paulo que larga a garrafa e se aproxima de Fabiane, ele à desamarra e mede sua pulsação, ela está viva.

 De manhã ela acorda e vê Paulo sentado na beira da cama.

-O que aconteceu? Paulo? –perguntou ela.

 Ele se vira e responde:

-Eu esperava que você me dissesse. Não se lembra de nada? Eu chamei a polícia eles olharam tudo, mas não encontraram nada. Disseram para ligar se víssemos mais alguma coisa.

-Não sei, só me lembro de estar no banheiro, daí você disse que ia lá fora, depois eu vesti meu roupão e sai do banheiro, escutei alguém me chamando lá fora, achei que fosse você, não lembro de mais nada. -contou ela.

 Depois do que aconteceu eles ficaram atentos, Paulo instalou câmeras do lado de fora da casa.

 Passados dois dias, eles estavam dormindo, era por volta das duas da manhã. Paulo acordou e sentiu Fabiane levantando da cama, ele sentou na cama e disse:

-Onde você vai?

 Mas ela não respondeu e continuou a andar, ele levantou e a seguiu, ela saiu da casa e se ajoelhou do lado de uma árvore do lado da casa, o chão era de terra e ela começou a comer a terra.

-Ei, Fabiane! –disse ele ao ver aquilo, se aproximou e segurou ela por traz.

-Pare com isso! Ficou louca? Vamos voltar para dentro, essa neblina está aumentando, está como naquela noite. –Completou ele.

 Fabiane se virou com terra nas mãos e na boca e disse:

-Já é tarde, ela é minha!

 Ela tinha uma voz grossa e tenebrosa, ele se assustou e afastou-se dela, correndo para dentro de casa. Ele parecia corajoso, mas não hesitou em fugir visto aquilo, ele ficou segurando a porta da entrada e começou a dizer:

-Isso é só um sonho! Isso é só um sonho!

 Então ele escutou novamente um barulho no quarto e foi devagar olhar, ele estava suando de pavor, se aproximou da porta e a abriu aos poucos, na cama estava Fabiane, dessa vez estava deitada de bruços e coberta.

-Fabiane? Você está bem? –disse ele que entrou no quarto, mas ficou com receio de tocar nela.

 As luzes então se apagaram e ele mal podia enxergar, ele se assustou e andou para traz ficando rente na parede.

-Para de ser tão medroso, ela precisa de ajuda! –disse Paulo para si próprio.

 Ele foi até a cozinha e ascendeu uma vela e começou a procurar por Fabiane, ele voltou ao quarto, mas não a viu, foi até o banheiro, pois escutou o chuveiro ligar. Chegando lá ele entrou rapidamente e disse:

-Já chega! É o seguinte, não tenho medo de você! Deixe a minha mulher em paz! Ou eu vou, ou eu vou, bom você vai se arrepender!

 Paulo estava tremendo, mas falou com firmeza e se aproximou do box com a vela, ele abriu o box e viu Fabiane nua sentada no canto de costas, ele entrou no box, desligou o chuveiro e tocou-lhe o rosto.

-Fala comigo, isso não pode está acontecendo, eu te amo Fabiane. –disse ele tremendo e começando a chorar.

 Ela estava de olhos fechados e os abriu ao ouvir isso, respondeu dizendo:

-Ele não vai me deixar ficar com você, ele vai te machucar! Corra! Fuja agora!

 A pós dizer isso ela começou a estremecer e vomitar sangue. Paulo se levantou, mas não fugiu, ele parou de tremer, se aproximou dela e disse:

-Que ele tente então me machucar, mas não vou deixar você!

 O medo que invadia Paulo desapareceu, pois ele pensou que devia ter mais autoridade sobre o que estava atormentando sua mulher.

Ela se levantou e gritou:

-Fuja!

 Dito isso ela mudou a face e começou a enforcar Paulo, ela tinha uma força muito grande e Paulo largou a vela e tentava resistir. A neblina invadiu a casa e Paulo começou a perder as forças.

-Sei que está ai Fabiane. Não deixe ele fazer isso! Ai meu Deus dai-me forças! –disse ele com muita dificuldade.

 Paulo segurou os braços de Fabiane e a chutou para traz, ela caiu e ele foi para cima dela, segurou-lhe os braços em quanto ela se debatia, as luzes na casa começaram a piscar e ele via ao seu redor vários seres do mal, que pareciam estar na neblina que cobria tudo. Olhando para Fabiane ele disse:

-O que tenho que fazer para te ajudar? Me diga!

 Ele começou a chama-la pelo nome e ela foi recobrando a razão.

-Eu abortei um filho nosso! –disse ela enfraquecida.

 A neblina desapareceu junto com os espíritos.

-O que? Mas porque fez isso? –perguntou ele chorando.

-Eu só não queria agora, porque não queria casar já estando grávida, eu sinto muito. Meu filho me perdoe. –ela começou a chorar muito e abraçou Paulo.

No dia seguinte ela acordou e Paulo estava ao lado a vendo dormir.

-Eu estou arrasado pelo que você fez, mas quero que me fale porque aconteceram aquelas coisas com você, me explique! –exclamou Paulo.

-Você é mesmo um idiota, você acha que eu quero uma vidinha com você, eu quero muito mais do que você pode me oferecer e ele meu bem, ele pode me dar muito mais! –disse ela parecendo estar com ódio de Paulo.

-Essa não é você, pare com isso agora! Levante-se e vamos sair daqui! –exclamou ele que a fez trocar de roupa. Eles saíram da casa de carro e foram até uma igreja.

-Fique quieta! E venha comigo! –disse Paulo que desceu do carro e foi com Fabiane até a entrada da igreja.

-Eu não posso entrar ai! –afirmou ela que começou a resistir para entrar.

 Então Paulo gritou:

-Socorro! Socorro! Têm alguém na igreja?

A porta estava aberta e um frei saiu para ver quem chamava, ele vestia uma batina, ainda não era padre.

-Mas o que foi? –perguntou o frei.

-Ela precisa de ajuda, acho que está sendo dominada por um espirito do mal! –contou Paulo.

-Não pode ser, escute-me entre e vamos conversar. –disse o frei.

Paulo tentou segurar Fabiane e faze-la entrar na igreja, mas ela resistia e cuspiu no rosto do frei. O frei parou a olhou e perguntou:

-Quem é você?

Fabiane virou os olhos, se soltou de Paulo, empurrou o frei contra a parede e disse com a voz alterada:

-O dono dessa terra!

O frei se assustou e disse para Paulo:

-Corra e chame o padre que está na capela!

Paulo correu para dentro da igreja e Fabiane começou lamber o rosto do frei dizendo:

-Você será meu também.

O frei se irritou a empurrou para trás e disse firmemente:

-Eu não admito isso! Respeite a mim, respeite a moça e principalmente respeite a casa em que está diante, a casa de Deus! Eu não sou padre, nem me sinto superior a ninguém, mas sei que você é menos do que eu, porque é tolo em achar que pode contra Deus! Vai embora agora! Não terá êxito aqui!

 O frei foi se aproximando, muito furioso e chegando perto de Fabiane completou dizendo:

-Vai embora! Pelo poder que vem do nome de quem nos criou, vai embora, já!

Nisso o padre e Paulo chegaram, mas Fabiane se debateu e caiu no chão, Paulo se aproximou e ela acordou olhou para o frei e perguntou:

-Como fez isso?

O frei respondeu:

-Não fui eu, mas aquele que cuida de nós!
 

Fim.

quinta-feira

Noites estranhas!



Noites estranhas!

 Hoje é quarta-feira, por volta das 2:00h, a casa está silenciosa, todos estão dormindo, mas espere de novo avisto o papai, ele saiu do quarto e está descendo as escadas, para onde ele vai? Vou segui-lo.

 Meu nome é Izabel, tenho 13 anos e estou investigando as atitudes suspeitas do meu pai já fazem quatro noites seguidas, desde que voltamos de férias.

 Estou o seguindo e novamente ele desce para o porão, dessa vez vou tentar entrar sem ser percebida, entrando quieta, calma, calma pisando devagar, ops ele olhou pra trás, salva pelo armário de ferramentas. Esperai ele não estava apenas olhando pra trás ele pegou algo no armário e está seguindo pro fundo do porão, o que? É... Más notícias, ele sumiu, é perdi ele de vista. Mas que Droga!

 Acho que vou ter que sair e esperar do lado de fora, me virando pra sair, passos lentos, nada de barulho, continuando, só falta alguns passos até a saída, tenho que passar pela escada, pronto o último degrau e saiu daqui...

 Ótimo nada aconteceu, esperei e esperei e nada. Ele sumiu e eu estou com muito sono já são 5:00h então vou dormir.

 Boa noite são 3:15h e meu pai levantou de madrugada, detalhe, desde que voltamos de férias eu não o vejo chegar do trabalho, estamos sem nos falar, por falta de tempo.

 Como sempre o porão, estou descendo atrás dele, dessa vez mais perto pra não perde-lo de vista, o que ele está fazendo ali, não consigo ver. Estou me rastejando por trás do armário de ferramentas dando a volta para tentar ver, agora sim posso ver ele tem nas mãos uma peixeira e na outra... Eu, ham, ham...

 Desculpe mas tenho que ir, estou, estou é, correndo de volta pro meu quarto, tranquei pronto, a porta do meu quarto. Minha respiração e coração estão acelerados e estou suando e com muito medo, eu não entendo, o que eu faço?

 São 5:38h já estou mais calma, estou saindo do quarto novamente, vou tentar chamar a minha mãe, estou entrando no quarto dela, pronto estou me aproximando dela.

-Mãe, mãe acorde!

 Ela está de costas, estou dando a volta na cama pra ver o seu rosto e...

-Mãe! Não... Ela, ela... mas não eu...

 Meu pai acaba de entrar no quarto e minha mãe está na cama, está com ferimentos no rosto, acho que meu pai bateu nela, estou debaixo da cama deles e muito assustada. O que eu faço?

 As horas se passaram e meu pai levantou com o despertador e foi se arrumar para o trabalho, ele acabou de sair de casa, estou vendo ele saindo de carro pela janela.

-Mãe! Acorde!

 Finalmente ela está acordando.

-Mãe o que aconteceu com você?

 Ela me olha, mas não responde. Ela se levantou e foi ao banheiro, voltou pra perto da cama e...

-Não!

 Ela, ela se jogou pela janela, moramos no quarto andar, eu vou chamar a ambulância.

 Hoje é domingo, os dias estão cada vez mais estranhos, minha mãe está internada, mas está bem, ela não se lembra de nada. Estou em casa e são 4h, meu pai desceu para o porão, mas eu não fui atrás dessa vez, tenho medo.

 Estou na beirada da porta do meu quarto vendo que horas ele volta. Espere escutei um barulho, parece uma furadeira e o barulho está aumentando como se ele estivesse vindo pra cá, sim, meu pai parou na escada olhou para mim com a furadeira na mão e...

 Caramba, me tranquei no quarto e ele está furando a porta e batendo, querendo entrar, acho que ele vai, vai... eu tenho que fugir daqui, mas pela janela não dá, é muito alto.

 Por aqui. É. Estou do lado de fora na beirada que contorna as janelas, estou tentando ir pra janela do vizinho, talvez pedir ajuda, pronto, droga a janela está trancada, estou batendo.

-Me ajudem! Socorro!

 O que? Meu pai está na beirada ao meu lado, com a peixeira e ele me acerta... estou caindo, me sinto como uma folha caindo ao chão, não acho que vou sobreviver...

 São 9:00h acordei e acho que estou no porão, do meu lado está a minha mãe e está desacordada, não consigo me mexer acho que quebrei as penas quando cai, o meu gato que estava nas mãos do meu pai naquele dia está aqui do meu lado, ele está mutilado e chora agonizando.

 Meu pai acaba de entrar e está com a peixeira na mão, ele a levanta, mas para antes de me acertar ele escuta a sirene da polícia, os policias estão batendo na porta da frente, chamando por ele, para entrar.

 Será que estou salva? Esperai, meu pai pegou um galão de gasolina e está jogando por toda parte e jogou em cima de nós também.

 Ele sempre foi amoroso e carinhoso conosco, nunca me bateu e nem em minha mãe, porém desde que voltamos das férias ele tem agido assim, nem parece o mesmo homem.

 Eu estou tentando falar, mas não consigo, acho que foi a queda, me deixou muito mal. Ele está com um isqueiro e o jogou no chão, está tudo pegando fogo e ele está de joelhos dizendo umas palavras que não entendo.

 Estou tentando me virar, me joguei pro lado e estou me arrastando até ele, preciso tentar impedi-lo. Toquei em sua perna, ele me olhou, mas seus olhos estão completamente pretos e ele está com o rosto desfigurado, parece um monstro, ele me pegou pelo braço e me levantou, ele está de pé e estou com muita dor, estou pendurada pelo braço, ele está muito forte.

 Fechei os meus olhos e apenas peço: um milagre...

 Acordei, nossa nem acredito que estou viva, mas porque estou nesse lugar, parece um hospital, mas cheio de celas, não entendo, acho que na cama é o meu pai, me aproximei e tentei toca-lo mas não consigo senti-lo. Algo estranho aconteceu.

 Ele acordou e se virou, um homem com roupas diferentes entrou na cela, ele se aproximou do meu pai e começou a dizer algumas palavras, meu pai está se debatendo, dois homens de branco, acho que são enfermeiros, estão segurando os braços do meu pai.

 Será que ele pode me ouvir? Não, espere eu posso ver o que está no meu pai que o atormenta! É um ser horrível, ele consegue me ver também e está me encarando.

 Não vou deixar isso continuar! Fui para cima dele, estou batendo nele, e o puxando para fora do meu pai, ele saiu e caímos no chão, estamos brigando, mas ele é forte, muito forte. O homem com vestes diferentes olhou para nós no chão e levantou uma das mãos e disse algumas palavras que não pude prestar atenção, estou em combate!

 Enfim eu consegui segurar o ser maldito e o prendi no chão, eu estou olhando em seus olhos e apenas senti como se minha força fosse muito maior que a dele, pois eu vi medo!

 Ele desapareceu e meu pai se acalmou, parecia o meu velho de novo... Com o rosto corado e os olhos castanhos com aquele brilho de sempre, mas já não posso abraça-lo, olho para trás e vejo a minha mãe está me chamando, temos que ir, fique bem papai...fique bem!

 

Fim.