A
esquina do Carrasco
Em uma cidade pacata, cresceu o menino chamado
Félix, diferente dos outros garotos, este menino não saia para brincar na rua,
nos parques e nem frequentava a escola. Ele se vestia com roupas ultrapassadas,
feitas à mão por sua mãe que era considerada louca pela vizinhança, o motivo
era que ela dera um escândalo no dia do próprio casamento, onde depois de
receber um recado ao pé do ouvido sobre seu noivo ter uma amante, bateu nele na
frente de todos e o amaldiçoou, depois da vergonha seu noivo, pai de Félix foi
embora da cidade, a questão é que ninguém soube porque ela fez aquele
escândalo, desde então ela vive fechada em sua casa com o menino Félix.
Ele tem 9 anos e
hoje é seu 10° aniversário, dessa vez ele queria ter um aniversário diferente
dos outros sempre comemorados sozinho no porão com seus amigos ratos.
Ao amanhecer, ele
acordou com o velho despertador, saiu de fininho pela janela e correu pelos
fundos, subiu numa caixa e pulou o muro.
Em seu ombro
carregava um dos ratos, seu amigo. Ele correu pelas ruas por quase uma hora e
finalmente encontrou o parque, nele ele brincou, em todos os brinquedos, era
ainda bem cedo, ninguém estava na rua.
Ao voltar para
casa, fez um caminho diferente e ficou perdido, ao se aproximar de uma esquina,
onde havia um homem parado próximo árvore ele apertou os passos com medo.
-Espere aí garoto! –disse o homem.
Feliz, parou e
olhou para o homem, ele tinha o rosto marcado por cicatrizes e usava um capuz.
-Você parece um monstro! –disse Félix que depois saiu
correndo.
O homem correu
atrás dele, e na pressa Félix trombou com dois garotos de sua idade, que
moravam em sua rua, os três caíram no chão com o choque.
-Eu não sou um monstro, mas vim me vingar, daquela bruxa!
–disse o homem se aproximando dos garotos.
-Mas que bruxa? –perguntou Félix.
-Ela se chama Laurinda. Sabe onde ela mora? –perguntou o
homem.
-O que? Esse não é o nome da sua mãe, Félix? -perguntou
Murilo um dos garotos, estando os três assustados.
Félix olhou para o
homem e saiu correndo. O homem o seguia.
-Acha que devemos fazer alguma coisa? –perguntou Murilo
para Paulo.
Enquanto isso
Félix entrou em um bosque e tentava despistar o homem.
Murilo e Paulo
resolveram ir até a casa de Félix, criaram coragem e chamaram por Laurinda.
-Mas o que vocês querem aqui? Vão embora! –gritou ela da
porta.
-É que tem um homem perseguindo o Félix, disse que quer
se vingar de você! –disse Paulo.
Ao ouvir isso
Laurinda entrou e telefonou para um hospital. Na conversa ela confirmou que
Giovane Pintarque estava realmente dado como morto em um acidente há 8 anos.
Ela então acendeu uma vela e pois se a fazer orações.
Os garotos podiam ver
pela porta, mas não entendiam o que estava acontecendo. De repente o céu
escureceu e eles viram aquele mesmo homem entrando na casa, atravessando a
parede.
-Mas o que está havendo? –perguntou Murilo para Paulo.
-Eu não sei, mas quero descobrir, vamos! –respondeu
Paulo, que entrou na casa, encontrou então o homem vindo pelas costas de
Laurinda com uma foice nas mãos, ela estava concentrada, de olhos fechados
dizendo:
-Deixe-o em paz Giovane! Eu estou aqui!
Murilo vendo
aquilo, não se conteve e gritou:
-Atrás de você!
Laurinda olhou
para trás, mas não conseguia enxergar o homem.
-Porque vocês entraram? Saiam daqui crianças! –exclamou
ela.
-Mãe! –gritou Félix que chegou correndo com um galho de
árvore na mão, que usou para tentar bater no homem.
-O que está fazendo Félix? –perguntou ela.
-É ele mãe, o homem da foto que você odeia, está aqui!
–afirmou ele.
Ela então se
levanta e diz:
-Estou preparada, me leva!
-Não! Saia daqui homem do mal! Agora! –exclamou Félix,
que entrou na frente de sua mãe.
O homem bateu no
Félix, que caíra no chão e levantou a foice para atingir Laurinda, mas foi
derrubado com uma rasteira de Félix.
Caído no chão
Félix e os dois garotos tiraram a foice da mão do homem e começaram a bater
nele, o homem se sentiu amedrontado e começou a desaparecer.
-Dorme em paz e me perdoe. –disse Laurinda.
Com isso ele parou
de resistir e desapareceu.
Depois daquele
dia, Félix ganhou dois amigos e suas vidas jamais seriam as mesmas.
Gostei... :)
ResponderExcluirq bom!
Excluirmuito bom Adriele ,parabéns...
ResponderExcluirObrigada!
Excluir